quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mulheres enfrentam machismo na política do estado






O Brasil é presidido por uma mulher. Elas ocupam cargos do alto escalão nos três poderes, como postos em ministérios e a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar disso, em Pernambuco, elas ainda precisam superar o machismo para atuar. Segundo um levantamento parcial disponibilizado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dos 811 pedidos de candidatura a vereador no Estado, 583 foram feitos por homens - isto é, quase 72% - contra 228 solicitações das mulheres.

Grande parte dos pedidos de impugnação de candidaturas que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) está analisando é referente ao fato de partidos ou coligações não terem apresentado o mínimo de 30% de candidaturas femininas exigido por Lei.

Para o assessor da corregedoria do TRE Orson Lemos ainda impera uma tradição machista. "Eu não entendo bem o porquê disso. Talvez, seja porque as pessoas só vão a ambientes em que estejam familiarizadas, quando têm amigos no local, e muitas mulheres não tem amigos na política. As mulheres que estão na política hoje, geralmente, são convidadas por familiares", avalia.

Ao mesmo tempo, Orson acredita que as participações femininas tendem a crescer, já que ele observa uma grande quantidade de mulheres atuando nas alas jovens das legendas. "Por enquanto, acho que as mulheres preferem apostar nas carreiras acadêmicas".

Já a ex-deputada estadual Terezinnha Nunes (PSDB) acredita que as famílias dos políticos priorizam investir nas candidaturas dos homens, colocando as mulheres apenas quando falta opção. "O que é uma coisa preocupante, porque muito ficha suja coloca a mulher para se candidatar e continuar governando".

Mas, na visão dela, o maior entrave para as mulheres participarem da política é na hora de captar recurso. "Há uma retração das mulheres porque a política está ficando cada vez mais cara e as mulheres não tem tradição de buscar recursos e lidar com dinheiro como ferramenta de trabalho.

 No entanto temos um momento adequado para se pensar na participação das mulheres nos espaços do poder local e em políticas públicas, caminhos possíveis, que só tende aumentar.




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