terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Crise deixa mais de 13 milhões de mulheres sem emprego no mundo...

A crise econômica internacional deixou 13 milhões de mulheres sem emprego, segundo o relatório Tendências Mundiais de Emprego das Mulheres 2012, divulgado nesta terça-feira (11/12) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Devido à crise, há cerca de 29 milhões de pessoas desempregadas no mundo e estima-se que outras 2,5 milhões deverão entrar nessa situação em 2013.

A OIT identificou que a taxa de desemprego entre as mulheres era 0,7 ponto percentual maior que a dos homens, depois de 2009, ano da crise: 6,4% das mulheres no mundo estão desempregadas, contra 5,7% dos homens.

Entre 2002 e 2007, a diferença era de 0,5 ponto percentual – 5,8% de mulheres desempregadas e 5,3% de homens. A OIT não espera redução desses índices antes de 2017. No total, há cerca de 1,3 bilhão de mulheres no mercado de trabalho, aproximadamente 39% das 3,3 bilhões de pessoas trabalhando atualmente.

“Embora as mulheres contribuam para a economia e a produtividade em todo o mundo, continuam enfrentando muitos obstáculos que lhes impedem realizar seu pleno potencial econômico. Isso não somente inibe as mulheres, mas também representa um freio ao rendimento econômico e ao crescimento”, explicou, em nota, a diretora executiva da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres, Michelle Bachelet, que contribuiu com o relatório.

A OIT também identificou uma forte migração das mulheres para o setor de serviços, tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Nos desenvolvidos, elas saíram da indústria; nos em desenvolvimento, da agricultura. Essa informação indica a segregação setorial das mulheres nos serviços. Os dados da organização apontam que metade das mulheres no mundo trabalha com serviços, um terço na agricultura e um sexto na indústria.

Nos países desenvolvidos, cerca de 85% das mulheres se concentram nas áreas da saúde ou da educação. Para a OIT, isso indica que as mulheres estão mais limitadas em suas escolhas de emprego.

Sobre a participação da mulher no mercado de trabalho, a organização informa que os índices de desenvolvimento não são suficientes para explicar a disparidade entre alguns países. Na Jordânia, por exemplo, a participação foi a menor identificada em 2012: apenas 16% das mulheres no país trabalham.

Na Tanzânia, por outro lado, chega-se a 90%. Os dois extremos são considerados países em desenvolvimento. No Brasil, 60% das mulheres estão no mercado trabalho. A média mundial chega a 39,9%.

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