Do JC Online
Três dias depois de o IBGE divulgar um crescimento de apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira que o processo da recuperação da economia já foi iniciado. Ele voltou a dizer que neste ano a crise prejudicou os investimentos, mas enfatizou que a retomada já começou. "Qualquer economista iniciado sabe que em períodos de crise o investimento é o primeiro a se retrair e o último a voltar, depois que o consumo e a indústria reaceleram", ressaltou Mantega. Segundo o ministro, os investimentos deverão voltar a crescer em 2013
De acordo com Mantega, 2012 foi um ano difícil, mas a economia está retomando o crescimento "rumo a um novo ciclo de expansão e dinamismo."
O ministro voltou a afirmar que a economia brasileira está se desintoxicando da política dos juros altos. Para ele, o Brasil deixará de ser conhecido como uma economia de juros altos e sim da produção. "Seremos conhecidos não mais como o País dos rentistas, mas da produção", disse o ministro. Ele ressaltou que desde que chegou ao Ministério da Fazenda, em 2006, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu na média 4,2% ao ano até 2011 e que os investimentos, acima de 9%. "E foi o investimento que puxou o crescimento neste período com expansão de 9,5% ao ano, em média", disse.
E, um breve balanço de sua gestão à frente do Ministério da Fazenda, Mantega destacou o aumento do nível de emprego e renda e da qualidade de vida do brasileiro. "O brasileiro conhece mais a crise por veículos de comunicação do que pelo seu dia a dia", afirmou. Outro ponto mencionado pelo ministro é o real menos valorizado, o que segundo ele, reposicionou o Brasil na guerra cambial. Por fim, Mantega ressaltou os estímulos dados à economia, entre eles, a futura redução da conta de energia elétrica. A previsão é de tarifa de energia caia até 28% para a indústria e até 16% para o consumidor residencial a partir de janeiro de 2013. "Abrimos mão R$ 45 bilhões em impostos só neste ano"
Já o vice-presidente da República, Michel Temer, em um breve discurso, afirmou que, ao contrário da perspectiva do exterior, de "um pessimismo concreto na Europa e nos Estados Unidos", no Brasil é o cenário é de "um otimismo sem embargo das dificuldades do exterior".
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