Da AFP
Enquanto o placar eletrônico exibia "138 a favor, 9 contra, 41 abstenções", a alegria explodiu em Ramallah e na faixa de Gaza
Tiros de fuzil automático para o ar, fogos de artifícios e abraços: as ruas palestinas acolheram com euforia a ascensão da Palestina, na noite dessa quinta-feira (29), ao status de Estado observador não-membro das Nações Unidas.
"Estou tão feliz, não consigo usar palavras para exprimir meus sentimentos. É um pouco como se tivemos saído de um longo túnel. Ter um Estado palestino nos une novamente", disse Leila Jalman, uma Américo-Palestina, no meio da multidão reunida na praça Yasser Arafat em Ramallah.
Leila segurava dois retratos: o do presidente Mahmud Abbas e outro de seu antecessor, Arafat, líder histórico do movimento nacional palestino.
No momento em que, no auditório da Assembleia Geral em Nova York, o placar eletrônico exibia "138 a favor, 9 contra, 41 abstenções", a alegria explodiu em Ramallah e na faixa de Gaza. "Allah Akbar" (Deus é grande), cantou a multidão.
Os tiros tomam conta de Ramallah, os carros buzinam nas grandes ruas de Jerusalém-Leste anexada, e, em Belém, na Cisjordânia, os sinos das igrejas tocaram para marcar o acontecimento.
Fogos de artifícios das cores palestinas, vermelho, verde, preto e branco, iluminam o céu da velha cidade de Jerusalém.
"Estou muito feliz que o status de Estado (observador) tenha sido adotado, mesmo que seja apenas uma vitória moral", afirmou Rachid al-Kor, de 39 anos, em Ramallah.
"É claro que estou feliz. Nós vamos finalmente ser um Estado. A mudança pode até ser lenta no território mas com certeza ela virá", se entusiasmou Rim Maloch, de 26 anos, a bandeira nacional pintado no rosto.
Um sentimento compartilhado mais cedo por Ghanem Rouzayqat, vindo de Hebron (sul): "Com o novo status da Palestina na ONU, finalmente temos valor para a comunidade internacional".
"Esse status só traz benefícios. Nós vamos poder acionar a Tribunal Penal Internacional (TPI) e mostrar ao resto do mundo o que Israel nos faz passar", comemora esse jovem dentista.
SUCESSO - Cinquenta quilômetros mais ao norte, em Nablus, cerca de 7.000 pessoas se aglomeraram na praça principal, decorada com retratos de Abbas e do eterno líder Yasser Arafat.
"Nosso sucesso na ONU será um duro golpe para Israel, após seus fracassos diante da resistência em Gaza. Isso deixa nosso povo muito feliz", diz Sobhi Abdullah, 52 anos, se referindo à recente operação israelense no território palestino.
A data não foi escolhida ao azar. Nesse mesmo dia de Novembro, há 65 anos, a ONU adotava o plano de divisão da Palestina em um Estado judeu e outro árabe.
Xavier Abu Eid, porta-voz do departamento da Organização de libertação da Palestina (OLP), representante dos palestinos, promete: "65 anos depois, nós estamos de volta às Nações Unidas. Desta vez, porém, não sairemos".
Khaled Mechaal, chefe exilado do Hamas, expressou seu apoio ao projeto de Mahmoud Abbas, assim como o chefe do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh.
"Trata-se de uma nova vitória no caminho da libertação da Palestina e isso nos alegra. O Hamas considera essa vitória como um sucesso unitário que levanta o espírito do nosso povo", declarou à AFP Ahmed Youssef, dirigente do movimento em Gaza.
Milhares de moradores de Gaza participaram na quinta-feira de um desfile que foi da sede do Conselho legislativo ao edifício da ONU.
Alguns seguravam retratos de Abbas, cena rara no território, que escapa desde 2007 à Autoridade palestina. Outros mostravam fotos de Yasser Arafat, símbolo da unidade perdida e reencontrada com a resolução da ONU.
"Estou tão feliz, não consigo usar palavras para exprimir meus sentimentos. É um pouco como se tivemos saído de um longo túnel. Ter um Estado palestino nos une novamente", disse Leila Jalman, uma Américo-Palestina, no meio da multidão reunida na praça Yasser Arafat em Ramallah.
Leila segurava dois retratos: o do presidente Mahmud Abbas e outro de seu antecessor, Arafat, líder histórico do movimento nacional palestino.
No momento em que, no auditório da Assembleia Geral em Nova York, o placar eletrônico exibia "138 a favor, 9 contra, 41 abstenções", a alegria explodiu em Ramallah e na faixa de Gaza. "Allah Akbar" (Deus é grande), cantou a multidão.
Os tiros tomam conta de Ramallah, os carros buzinam nas grandes ruas de Jerusalém-Leste anexada, e, em Belém, na Cisjordânia, os sinos das igrejas tocaram para marcar o acontecimento.
Fogos de artifícios das cores palestinas, vermelho, verde, preto e branco, iluminam o céu da velha cidade de Jerusalém.
"Estou muito feliz que o status de Estado (observador) tenha sido adotado, mesmo que seja apenas uma vitória moral", afirmou Rachid al-Kor, de 39 anos, em Ramallah.
"É claro que estou feliz. Nós vamos finalmente ser um Estado. A mudança pode até ser lenta no território mas com certeza ela virá", se entusiasmou Rim Maloch, de 26 anos, a bandeira nacional pintado no rosto.
Um sentimento compartilhado mais cedo por Ghanem Rouzayqat, vindo de Hebron (sul): "Com o novo status da Palestina na ONU, finalmente temos valor para a comunidade internacional".
"Esse status só traz benefícios. Nós vamos poder acionar a Tribunal Penal Internacional (TPI) e mostrar ao resto do mundo o que Israel nos faz passar", comemora esse jovem dentista.
SUCESSO - Cinquenta quilômetros mais ao norte, em Nablus, cerca de 7.000 pessoas se aglomeraram na praça principal, decorada com retratos de Abbas e do eterno líder Yasser Arafat.
"Nosso sucesso na ONU será um duro golpe para Israel, após seus fracassos diante da resistência em Gaza. Isso deixa nosso povo muito feliz", diz Sobhi Abdullah, 52 anos, se referindo à recente operação israelense no território palestino.
A data não foi escolhida ao azar. Nesse mesmo dia de Novembro, há 65 anos, a ONU adotava o plano de divisão da Palestina em um Estado judeu e outro árabe.
Xavier Abu Eid, porta-voz do departamento da Organização de libertação da Palestina (OLP), representante dos palestinos, promete: "65 anos depois, nós estamos de volta às Nações Unidas. Desta vez, porém, não sairemos".
Khaled Mechaal, chefe exilado do Hamas, expressou seu apoio ao projeto de Mahmoud Abbas, assim como o chefe do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh.
"Trata-se de uma nova vitória no caminho da libertação da Palestina e isso nos alegra. O Hamas considera essa vitória como um sucesso unitário que levanta o espírito do nosso povo", declarou à AFP Ahmed Youssef, dirigente do movimento em Gaza.
Milhares de moradores de Gaza participaram na quinta-feira de um desfile que foi da sede do Conselho legislativo ao edifício da ONU.
Alguns seguravam retratos de Abbas, cena rara no território, que escapa desde 2007 à Autoridade palestina. Outros mostravam fotos de Yasser Arafat, símbolo da unidade perdida e reencontrada com a resolução da ONU.
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