Do NE10
Casos de pais e mães que somem com os filhos sem dar satisfação aos ex-companheiros são mais comuns do que se imagina, atesta a psicóloga do Fórum Civil de João Pessoa, Rosângela Teófilo Guimarães. Segundo ela, que trabalha com assistência psicossocial dos casos tratados pelo tribunal judicial, alguns conflitos entre ex-cônjuges podem ficar tão críticos a ponto de uma das partes sentir que a relação com as crianças está ameaçada e tomar medidas drásticas, como "sequestrar" os próprios filhos.
"Às vezes a mãe que é detentora da guarda das crianças começa a proibir ou dificultar a visita do pai como forma de retaliação ao ex-marido. Outras vezes ela manipula os sentimentos dos filhos contra o pai ou vice-versa. São muitas situações, é importante destacar que cada caso é um caso. A regra geral é que sempre se procure resolver o conflito sem atingir as crianças", avaliou a psicóloga.
De acordo com Rosângela, o ideal é tentar dissolver os problemas legalmente e assim que surgirem, para evitar que se transformem em uma bola de neve. "Caso o diálogo não resolva, então o casal deve procurar as vias legais. Já existindo o processo de divórcio e a determinação judicial dos dias e horários das visitas, a parte insatisfeita deve acionar o advogado ou defensor público para levar ao juiz a questão", explicou.
A psicóloga enfatiza que cada situação deve ser analisada isoladamente, mas em todos os casos de separação com filhos é preciso que os pais mantenham uma comunicação transparente e eficaz para evitar atritos. Segundo ela, quem mais sofre com o processo são as crianças. "Os filhos absorvem muito da atmosfera familiar e os pais precisam entender que o divórcio é entre eles, não das crianças".
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