A vitória com pouco mais de 1 (um) milhão de votos, mostrou a divisão, a ameaça de que o não cumprimento de promessas ou falhas não serão toleradas pela nação. Assim, o presidente venceu, em parte, muito mais pela posição já ocupada, do que pela "força" gerencial. O voto dos americanos foi mais pragmática, preferindo não mudar pelo novo, num momento tão delicado.
E recebeu como tarefas ao ser reeleito: melhorar a economia, prejudicada pelo alto desemprego, os salários estagnados, uma crise financeira na Europa, a desaceleração no crescimento global e com as companhias americanas ansiosas para crescer mais. Como problema extra, há o risco de recessão se o Congresso não conseguir um acordo sobre o orçamento para evitar o chamado “abismo fiscal”, com alta de impostos e corte de gastos do governo a partir de janeiro.
A expectativa é que em 2013 já haja um corte de US$ 600 bilhões no orçamento.
O panorama, porém, não é tenebroso e sinais sugerem que os próximos quatro anos serão melhores para a economia que os quatro anteriores. Obama já disse que ajudaria a criar empregos mantendo baixos impostos para todos os americanos com altos vencimentos, gastando mais com funcionalismo e dando certos incentivos fiscais às empresas.
Em seu discurso de vitória em Chicago, Obama enfatizou que a economia está melhorando e prometeu ações nos próximos meses para reduzir o déficit orçamentário, buscar alterações fiscais e reformas as leis de imigração.
A maioria dos economistas prevê uma melhoria constante, porém vagarosa. A taxa de desemprego está em 7,8% e poucos acreditam que voltará ao patamar considerado normal de 6% nos próximos dois anos. O Federal Reserve (Fed) prevê taxa de desemprego de 7,6% ao longo de 2013.
Economistas consultados no mês passado pela Associated Press previram que a economia americana crescerá modestos 2,3% no ano que vem, pouco para gerar um crescimento forte no emprego. Em parte isso é fruto da crise europeia, enquanto os líderes do continente lutam para conter uma crise da dívida e salvar o euro. A China, segunda maior potência mundial, desacelera, o que também prejudica os americanos.
O economista Paul Ashworth, da Capital Economics, aponta para o aumento nos empréstimos bancários nos últimos 18 meses, um sinal de melhoria na economia. Obama “terá um mandato mais tranquilo”, previu Ashworth, “porque estamos mais avançados no caminho para a recuperação após a crise financeira”.
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