Do Correio Braziliense
Milhares de estudantes britânicos protestaram nesta quarta-feira (21/11) em Londres contra o aumento dos preços das matrículas universitárias e o desemprego jovem. O protesto, acompanhado por um grande esquema policial para evitar os incidentes que marcaram as manifestações do final de 2010, não conseguiu atingir o mesmo número de pessoas da época.
Nesta quarta, cerca de 10.000 estudantes participaram de uma passeata debaixo de chuva pelo centro da capital, de acordo com o Sindicato Nacional de Estudantes (NUS). A polícia não forneceu números. Perto do Parlamento foram registrados alguns breves confrontos entre alguns manifestantes e a polícia, mas a marcha foi mantida depois pacificamente.
"A educação é um direito, não um privilégio", "Parem de brincar com o nosso futuro", indicavam alguns cartazes de manifestantes, que também agitavam bandeiras palestinas em apoio a Gaza. Os manifestantes protestavam também contra a falta de perspectiva profissional. "Nada foi feito para ajudar os jovens a encontrar um emprego", declarou Jack Everet, estudante de Ciência Política. "Em dois anos sairemos da faculdade e não teremos trabalho. Isto é o que acontece agora, como no restante da Europa", acrescentou John Corrum, estudante de Sociologia e de Ciência Política.
A manifestação foi concluída de forma precipitada, depois de o presidente do NUS, Liam Burns, ter sido vaiado e atingido por ovos, o que mostra a divisão reinante entre os próprios estudantes. As matrículas universitárias custam em média 8.500 libras (13.500 dólares, 10.500 euros) anuais, contra 3.300 anteriormente. Cerca de 20% dos jovens de entre 16 e 24 anos estão atualmente desempregados no Reino Unido, segundo os últimos dados oficiais.
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