quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Protesto contra o governo de Cristina na Argentina

Da Folha de São Paulo

Nas últimas semanas, o chamado 8N, megaprotesto contra as políticas da presidente Cristina

Kirchner, programado para acontecer amanhã, a partir das 20h, na capital federal e nas principais cidades das províncias, mobiliza o noticiário.

Os organizadores esperam mobilizar mais de 500 mil anti-kirchneristas em Buenos Aires, além de convocar atos diante das embaixadas argentinas nos EUA, Espanha, Chile, Colômbia, Brasil, Itália e Reino Unido, entre outros países. Já os kirchneristas respondem com uma agressiva campanha por meio das redes sociais.

Os panelaços anti-Cristina começaram em maio e tiveram em 13 de setembro seu maior evento, que reuniu mais de 200 mil pessoas, na Praça de Maio e outros pontos da capital.

Os protestos eram, a princípio, um repúdio ao cerco ao dólar, política iniciada no começo do mandato de Cristina, em dezembro, e aprofundada nos meses seguintes.
Reprodução
Cartaz da militância kirchnerista contra o protesto 8N
Cartaz da militância kirchnerista contra o protesto 8N

Depois, surgiram novas bandeiras, como "não à corrupção", "mais segurança", "não à 'venezuelização' da Argentina" (em referência ao regime chavista) e à proposta de reforma constitucional para possibilitar um terceiro mandato à Cristina.

As manifestações acontecem quando a presidente enfrenta seu pior momento em termos de aprovação popular, com apenas 35% de apoio.

Os kirchneristas buscam desqualificar os integrantes da marcha. "São gente que se importa mais com o que acontece em Miami do que com o que acontece em San Juan", disse o chefe de gabinete de Cristina, Juan Manuel Abal Medina.

Para Ricardo Forster, intelectual alinhado ao governo, os manifestantes estão gerando um "clima apocalíptico e de dissolução nacional similar ao de dezembro de 2001 [que provocou a queda do governo De La Rúa]".

Já o senador kirchnerista Aníbal Fernández disse que o panelaço é "uma invenção de uma facção ultradireitista paga". Enquanto isso, na internet, formou-se um grupo chamado "8N Yo No Voy".

Segundo o organizador, Juan Carlos Romero, a iniciativa não recebe apoio do governo.
O protesto de amanhã em Buenos Aires seguirá três percursos, que se encaminharão ao Obelisco e, depois, à Praça de Maio.

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